Sou autodidata. Aprendi a partir da necessidade de tocar, experimentar e compreender como as formas nascem — como podem ser reinventadas.

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Encontrei na escultura uma forma de transformar a curiosidade em matéria.

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As pedras são o ponto de partida do meu trabalho. Acredito que cada uma guarda uma história, e procuro revelá-la através da combinação com a argila. 

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Aprendi a confiar no ato de fazer — no ritmo das mãos, na atenção ao detalhe, no diálogo silencioso com cada material. Para mim, a escultura não é apenas um objeto finalizado, é o rasto físico de uma procura, de uma viagem contínua. Cada trabalho que faço, traz consigo o meu impulso de explorar e a vontade de descobrir o que existe entre o imaginário e o possível.

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No lugar onde crio — permito-me errar, testar e deixar que as ideias cresçam de forma orgânica. Muitas peças nascem de gestos espontâneos e de experiências sem destino fixo. Não parto de um desenho previamente definido. É nesse diálogo com a matéria que encontro a essência do meu processo criativo.

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É nesse espaço — entre a tentativa e a descoberta — que me encontro como "artista". E é ali, que continuo a experimentar e transformar formas e a transformar-me com elas...